ANGOLA-NAMIBIA-ZAMBIA-MALAWI-TANZÂNIA-QUÉNIA-ETIOPIA-SUDÃO-EGIPTO-LIBIA-TUNISIA-FRANÇA-ESPANHA-PORTUGAL


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

‎20º DIA - MARSABIT-TURBI (30-11-11)

Mais uma estrada complicada e por isso saindo às 07:45, só chegamos às 16:30 para fazer 136 km!!!

A lama foi intensa o que provocou uma série de quedas, tendo o "Guru" ganho o concurso, com nada mais, nada menos que 7 quedas em 500m!!!!! 



A razão não foi porque ele ou os outros conduzissem mal, mas sim porque a lama era tanta que ficava presa no para-lamas da frente o que originava que as rodas da frente bloqueassem. Solução, alguns desesperaram e resolveram cortar o dito cujo (O para-lamas, claro)

Para contrariar a quantidade de lama só mesmo as muitas cafilas (agrupamentos de camelos) e de burros, à beira da estrada.


Outro para quem não correu bem este dia foi para o "Professor" Xana, pois acabou por empenar a jante da frente e a mesma começou a perder ar, mas mais uma vez nada que o martelo do "Cabeludo" não resolvesse.


Como não há duas sem tres outro dos azarados foi o "Trinques" JLC que numa das quedas por vir com o capacete aberto abriu o labio, nada de especial e como ele disse "carne de cão cura rapido"
 



Depois de passarmos Turbi 10 km depois para ser exacto vimo-nos perante uma daquelas situações que ninguém gosta, a chuva continuava a cair intensamente e não iamos conseguir chegar a Moyale por isso paramos e decidimos acampar. Como estavamos perto de um conjunto de casas, fomos pedir se podiamos acampar lá e logo nos ofereceram uma casa para ficar....bom casa, mas era a casa dos cabritos e cabras, não de pessoas ;))).

As tendas montadas, umas fora da casa outras dentro e foi a altura da nossa "ginasta" demonstrar os dotes de culinária. Valeu, ficou imediatamente aprovada por unanimidade como a cozinheira dos Eleven Up (o jantar foi à base de atum em lata, por isso não foi dificil;))))




terça-feira, 29 de novembro de 2011

19º DIA - MARSABIT (29/11/11)

Mais um dia que ficamos parados....

Devido à chuva intensa, tivemos que ficar em Marsabit, pois pura e simplesmente não se conseguia andar...
Aproveitamos a oportunidade para nos reorganizarmos e reabastecermos os mantimentos e agua.


Também se aproveitou para arranjar alguns danos, provocados pela viagem de camião nas nossas meninas.









segunda-feira, 28 de novembro de 2011

17º DIA / 18º DIA - ISIOLO-MARSABIT (27/11/11 E 28/11/11)

Um dia longo.....muito longoooooo onde para fazermos 249 Km, saímos às 21:30 e chegamos às 18:30 do dia seguinte
Apesar de termos acordado cedo, tivemos que estar à espera dos camiões, pois um deles tinha atascado, na picada da entrada do Lodge (já têm uma noção o quanto boa era a picada).


Depois de muito "lavoura" lá conseguimos carregar as motas nos dois camiões e quando nos preparávamos para ficar a dormir mais uma noite, fomos aconselhados a arrancar nesse mesmo dia, pois era mais seguro viajar de noite do que de dia naquela zona, pois os rebeldes de noite não atacavam, pois nunca sabiam pelas luzes dos carros se eram carros civis ou militares e assim foi, pelas 21.30 arrancamos com 2 camiões (6 motas em cada e com 1 militar em cada), um jipe de apoio e as nossas 2 viaturas.



Depois dos 100 km de asfalto, lá começou a famosa "pior estrada do Mundo" com o rumo de MOYALE. Na primeira aldeia que chegamos, paramos para ir ver as motas e..... 2 já estavam no chão e as restantes pouco faltava. O problema é que a estrada é tão má e cheia de "ondas" que não cinta que resista. Como tal os proprietários das referidas motas "Stressado" David e o "Guru" JCMadaleno, decidiram que iam para dentro do camião e iriam segurar nas motas. Claro está o "Cabeludo" ofereceu-se de imediato como voluntário para os ajudar e os 3 lá foram.


Mesmo com eles lá dentro os camiões não podiam ir mais depressa do que com a primeira engatada e ao ralentie, 50 km em 6 horas!!!!!!!!!
Já de dia e depois de uma noite sem dormir o "Guru" JCMadaleno, recusou-se a que a sua Josefina e ele próprio continuassem dentro do camião pois o esforço sobre-humano era demais e em Laisamis, colocou a mota no chão e como é natural outros 6 decidiram fazer o mesmo. Nessa altura foi criado os 7UP


A estrada continuava má, com lama, pedra, areia enfim, um pouco de tudo e lá chegamos a Marsabit com 21 horas de condução para fazer 250 km, ficamos a perceber o porquê de chamarem a este troço "A pior estrada do Mundo"


Mas como tudo não pode ser mau, tivemos a agradável surpresa de apreciarmos a magnifica vista ao chegarmos ao Lodge, pois este ficava situado numa cratera de um vulcão adormecido e por causa das chuvas intensas tinha-se formado um lago rodeado, por um verde fantástico, onde os búfalos circulavam em liberdade pois tratava-se de uma reserva natural, aliás aqui não nos deixaram mesmo entrar com as motas.


sábado, 26 de novembro de 2011

16º DIA - ISIOLO (26/11/11)

Um dia parados.

Na noite anterior chuveu torrencialmente e como tal as estradas tornaram-se impraticaveis e tomamos a decisão de alugar dois camiões, para carregarmos as motas de modo a conseguirmos ir até Marsabit.


Como não havia motas, tinhamos um espectaculo nocturno, onde um crocodilo era o actor principal. 



O pessoal do Lodge atirou comida, para perto da cerca que circunda o Lodge e onde está colocado um holofote enorme e claro esta foi um espectaculo ver o crocodilo vir nas suas calmas e apreciar o manjar.




sexta-feira, 25 de novembro de 2011

15º DIA - NAIROBI-ISIOLO (25/11/11)

Uma Etapa curta, mas que acabou por ser longa com 366 Km, saimos às 06:05 e chegamos às 17H30
Foi um dia que começou de um modo triste, pois tivemos que nos despedir da Nanda Kibamda e como é obvio é sempre dificil despedirmo-nos que pessoas fantásticas. Obrigado Nanda por todo o carinho e apoio.


Apesar de sairmos do Lodge cedo, acabamos por estar cerca de 1 hora em Nairobi, para enchermos os depósitos de agua e arranjar a jante da Hilux
O primeiro susto para o Filipe e Teresa, pois um carro atravessou-se na faixa de rodagem, quando eles iam a cerca de 100 km/h, foi por uma unha negra, o Filipe ainda parou, para lhe explicar "fisicamente" a asneira que ele tinha feito, mas não o viu mais.


Uns kilometros depois de Nairobi a grade que esta em cima do tejadilho do Toyota vermelho, saltou e fomos forçados a uma paragem prolongada onde tivemos de descarregar tudo o que estava em cima para a arranjar, claro está com o nosso "Cabeludo" às marteladas a grade foi ao sitio. Com todo este tempo perdido, resolvemos ficar em Isiolo e não em Marsabit, conforme estava previsto. Encontramos dois espanhois que estavam a dar a volta ao Mundo (sendo um deles uma senhora, que se conseguir acabar a viagem passará a ser a primeira mulher Espanhola a fazer a volta ao mundo de mota) e eles disseram-nos que a estrada de Moyale estava horrivel e que eles só a conseguiram fazer, pois colocaram as motas dentro de camiões.

Paramos ainda na linha do Equador, onde está a linha que separa o Hemisfério Sul do Norte, sem duvida um marco nesta viagem.
Na chegada a Isiolo, lá conseguimos arranjar um Lodge, mas como este ficava dentro de uma Reserva Natural, não queriam deixar entrar as motas, depois de muita conversa e muitos "chefes" terem aparecido, lá apareceu o "chefe maior" e lá entramos, já de noite.


A picada com cerca de 5 km da entrada da Reserva até ao Lodge, foi a verdadeira aventura, pois a picada estava completamente encharcada e com muita lama e como tal foi dificil, mas como tudo dificil acabou por ser fantastica para o nosso "Guru" JCMAdaleno, quando lhe apareceu pela frente uma Girafa e que quase o atropelou, passando à frente dele a menos de 1 metro. Ao chegar ao Lodge o nosso "Ninja" Nicolas só disse "Porrrrrrrrrrraaaaaaaaa"






quinta-feira, 24 de novembro de 2011

14º DIA - MOMBAÇA-NAIROBI (24/11/11)

Etapa com 489 Km, partimos às 8:25 e chegamos às 18:35

O primeiro dia de condução para a Teresa Bravo, o Filipe pôs o "machismo" de lado e como a nossa Ginasta, é uma grande condutora a viagem correu lindamente


Conforme nos aproximamos do Equador a humidade aumenta e a chuva também vai aparecendo com mais regularidade.
Uma estrada com muitos camiões, o que atrasou muito os carros e o imenso trânsito à entrada de Nairobi, fez lembrar a nossa Luanda.


O Lodge "fantástico" em que ficamos deu para que alguns não tivessem agua para tomar banho, mas no fim acabou por não ser mau de todo, pois a piscina tinha agua e alguns tiveram a "coragem" de tomar o banho nela, digo coragem, pois a agua estava GELADA



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

13º DIA - DAR ES SALAM-MOMBAÇA (23/11/11)

Uma Etapa com 512 Km, em que partimos às 7:40 e chegamos às 20:20
Foi o primeiro dia em que contamos com a companhia da Teresa Bravo e como tal o Filipe passou a ter uma "concorrente" nas fotografias.

Mas como nem tudo pode ser bom, logo de manhã a mota do nosso "Curvas" Mário Pereira, não queria pegar, claro está que não é nada que com um Jump Starter, não se resolva.
Uma viagem por uma zona de paisagens fantásticas, onde a mistura da terra vermelha, com a flora muito verde, provocava um contraste muito bonito.
Quando aproveitavamos a paisagem o "Tomates" resolveu ter um furo, nada de especial que o nosso "Gurú" JCMadaleno, não resolvesse


Pior do que o furo, foi quando ao chegarmos à fronteira do Quénia o Tapioca "deitou fora" dois pneus de cima da pickup, pior não porque isso tenha feito algum estrago, mas porque como foi numa picada, cada vez que passava um carro ou camião o pessoal dos carros ficavam todos Empoeirados e por isso chegaram ao fim do dia todos "cagad...." e ainda por cima o Tapioca resolveu deixar a sua pulseira de pelo de elefante em cima do carro, mas ele ainda a conseguiu encontrar.


A entrada em Mombaça, foi feita com muito trânsito, mas para compensar o Ferry foi rápido.





terça-feira, 22 de novembro de 2011

12º DIA - ZANZIBAR-DAR ES SALAAM (22/11/11)

As alegrias da companhia das caras metades, foi Sol de pouca dura, tal como a estadia em Zanzibar. Dia de regresso a Dar, pois era a altura das despedidas, amanhã vamos partir e elas também, por isso só nos vão restar as nossas "amantes" de novo.




segunda-feira, 21 de novembro de 2011

11º DIA - DAR ES SALAAM-ZANZIBAR (21/11/11)

Aproveitando-se o primeiro dia de descanso ao fim de muitos, aproveitamos para ir conhecer a famosa ilha de Zanzibar. Para isso tivemos que deixar as nossas meninas em Dar Es Salaam, enquanto o Hedley fazia a primeira revisão às motas e nós lá fomos de barco.


Zanzibar proporcionou-nos uma praia magnifica, com areia do mais branco que há e claro está um Pôr-do-Sol fantástico.


Os mergulhos no Indico e o convívio com as caras metades, deu-nos as energias necessárias para retomarmos a nossa aventura.

domingo, 20 de novembro de 2011

10º DIA - IRINGA-DAR ES SALAAM (20/11/11)

A ultima etapa antes dos merecidos dias de descanso ligava Iringa a Dar Es Salaam.

A primeira coisa que se fez pela manhã foi cantar os parabens ao José Carlos Madaleno (O Gurú), já que completava as suas 43 primaveras e como tal teria a sua prenda à espera em Dar, a sua esposa.

Saímos de Iringa pelas 10h10 e a etapa era excepcionalmente interessantes uma vez que, entre outras curiosidades, o percurso implicava a passagem pela reserva natural de Mikumi, classificada como património da Unesco. Os Elevens foram sempre muito concentrados na estrada e acabaram por não ter oportunidade de ver os animais ao longo da estrada mas os carros de apoio foram brindados com a simpatia de duas girafas bonacheironas, a presença imponente de alguns búfalos, a agilidade de dezenas de impalas e a matreirice de centenas de babuínos. Foi um dia muito especial para quem, como eu, nunca tinha convivido com esta realidade do mundo selvagem.

A estrada era relativamente fácil não fossem as milhares de lombas por que passámos ao longo de todo o percurso. Na Tanzânia, a velocidade máxima para circulação dentro de qualquer aglomerado populacional, seja ele uma metrópole ou um lugarejo, é 50 quilómetros por hora. Para garantir que este limite é cumprido, foram instaladas lombas em todas as zonas onde é obrigatório reduzir a velocidade para os 50km/h. A somar às lombas, o primeiro carro de apoio teve a oportunidade de experimentar em primeira mão o rigor da polícia da Tanzânia e foram apanhados a 77km/h numa zona de 50km/h e foram alvo de uma pesada multa de 30.000 Chelins (cerca de 17 USD).

A cerca de 150 quilómetros do destino, a suspensão da frente da mota do Zé Luis Carvalho deu o último suspiro e foi necessário, finalmente, baixar o atrelado que viajava no tejadilho do primeiro carro de apoio, e acopolá-lo ao segundo carro de apoio. Nesta altura, o Zé Luis passou para dentro do segundo carro de apoio, que passou a transportar 3 pessoas, e o Jorge Portugal trocou comigo, tendo eu passado para o volante da mota dele e ele, porque muito mais experiente na matéria, para o volante do segundo carro de apoio que "arrastaria" o atrelado até Dar Es Salaam.

Já tínhamos sido avisados que a entrada em Dar tinha sempre trânsito muito intenso mas penso que todos estávamos longe de ter uma verdadeira noção do que isso significava. Qualquer tentativa de descrição do caos que se inicia a 40 quilómetros da cidade, ficará forçosamente aquém da realidade pelo que aguardaremos que o Mário Fontes possa publicar aqui o video que gravou desse troço. Digo-vos apenas que a única coisa que conheço de vagamente parecido com o que vi é o transito de Luanda,

Ultrapassado o caos da entrada na cidade e cumpridos os 488 quilómetros da etapa, foi com enorme alegria (e alguma comoção) que fomos carinhosamente recebidos pelas mulheres e alguns Elevens que estavam à nossa espera. Os carros de apoio chegaram mais de uma hora depois das motas.

O dia foi concluído com a celebração do aniversario do Zé Carlos Madaleno, em jantar organizado pelas caras metades, onde a Áurea foi simplesmente incansável e a quem deixamos um sincero obrigado pelo conforto que nos proporcionou.

sábado, 19 de novembro de 2011

9º DIA - KARONGA-IRINGA (19/11/11)

Mais um dia de passagem de fronteira mas como as motas já levavam 4000 quilómetros de percurso, perdemos as primeiras horas da manhã a tratar de pequenos retoques e afinações.

Assim, acabámos por nos fazer à estrada pelas 10h50, rumo à fronteira com a Tanzânia.

Chegados à fronteira, demos início ao cumprimento das habituais burocracias e só 2 horas e 45 minutos depois estávamos prontos para seguir caminho. Na ultima parte das burocracias, o seguro de responsabilidade civil, aproveitámos para comer e beber no comércio tradicional da fronteira, já do lado da Tanzânia. Aqui, uma nota muito especial para as espetadas de vaca (jurava o vendedor), feitas em fogareiro portátil artesanal, onde os paus das espetadas eram raios de bicicleta!! A 300 Chelins por espetada (cerca de 0,18 USD), não era economicamente possível que aquela carne fosse de vaca mas nem por isso os Elevens deixaram de esgotar o stock de espetadas do vendedor.

Desta feita a estrada, tendo bom alcatrão, era bastante complicada uma vez que as duas primeiras centenas de quilómetros eram estrada de montanha com algum movimento e, por isso, foram cumpridos a uma média de velocidade relativamente reduzida, sobretudo por parte dos carros de apoio. Este contra foi amplamente compensado pelas maravilhosas paisagens de terra fértil ao longo de todo o caminho.

Uma nota especial para o facto de termos sido parados num "check point" onde, pela primeira vez, os agentes da autoridade pediram para verificar efectivamente alguns requisitos legais. Até à data, os check points por onde passámos não eram mais do que uma simples formalidade, ultrapassada com um sorridente acenar de adeus aos agentes da autoridade. A interacção máxima até ali limitava-se ao questionarem o nosso destino e projecto. Como seria de esperar, tudo estava em ordem com os carros de apoio e fomos autorizados a seguir viagem, com o aviso de que levaríamos ainda cerca de 3 horas até ao nosso destino, quando estávamos já na hora do por do sol.

Como fizemos ainda duas paragens para repouso e não demos logo com o caminho para o nosso local de alojamento, as três horas transformaram-se em um pouco mais e batemos o record de chegada tardia: 23h10, com 479 quilómetros percorridos. Exaustos e famintos foi com alguma revolta que nos deparámos com a escassez da refeição que nos aguardava e as condições de alojamento. Pessoalmente, quando entrei no meu quarto, dei meia volta e dirigi-me ao meu carro de apoio, onde montei a minha "cama" e decidi pernoitar.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

8º DIA - CHIPATA-KARONGA (18/11/11)

A oitava etapa do nosso raid começou pelo registo habitual das 7h30 uma vez que tínhamos pela frente uma das etapas mais longas do raid, a que se somava a passagem de uma fronteira.


Chegámos ao posto fronteiriço às 8h40, depois de enchermos os depósitos de todos os veículos e reservatórios. Como nas anteriores, não nos foi colocada qualquer dificuldade na passagem da fronteira mas as necessárias burocracias (passaportes, impostos de importação temporária, seguros de responsabilidade civil obrigatórios, câmbios, etc) multiplicadas por 16 pessoas e 14 veículos, fazem com que se percam invariavelmente duas a três horas até podermos seguir viagem.

O momento alto do dia foi a paragem em Kasungu onde fomos a atracção da aldeia. Centenas de pessoas acorreram para nos cumprimentarem, tendo mesmo havido surrealistas trocas de informações de contas de Facebook que permitiram alguns Elevens fazerem os seus primeiros amigos Malawianos virtuais.


Felizmente, também desta vez o percurso foi tranquilo, sem incidentes de maior, que não fosse o facto de o já suspeito primeiro carro de apoio, a 100 quilómetros do final da etapa, ter perdido uma das seis porcas do pneu traseiro esquerdo e por pouco não ter saltado a roda do mesmo. Reapertadas as porcas pudemos seguir caminho e terminar a etapa no simpático e confortável lodge de Karonga.


Os 609 quilómetros da etapa estavam cumpridos precisamente às 20h00, pelo que se tratou de um dia longo e cansativo. O jantar foi rápido porque o desejo generalizado era mergulhar nos lençóis da cama.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

7º DIA - LUSAKA-CHIPATA (17/11/11)

Caros amigos,

A saída de Lusaka foi feita com algum atraso em relação à hora programada facto que se ficou a dever a alguns pequenos almoços mais prolongados, ou simplesmente tardios, e à sessão fotográfica matinal à porta do hotel. Assim, a caravana arrancou pelas 7h25 com destino a Chipata.


Os 566 quilómetros da etapa foram percorridos sem quaisquer incidentes, pelo que pudémos todos saborear as fantásticas paisagens que o caminho nos reservava. Assim, chegámos ao nosso destino pelas 15h15, facto que nos permitiu ter muito tempo para convívio e repouso.

Uma nota especial para o facto de eu me ter estreado na condução de motas. Logo na primeira paragem para esticar pernas passei para os comandos da GSA do Jorge Portugal. Apesar do peso, adaptei-me rapidamente à mota, que tem uma condução verdadeiramente agradável e confortável.

Uma nota especial para o nosso alojamento em Chipata que, pela primeira vez desde o inicio da viagem, não era um hotel mas sim um lodge com uma zona de campismo anexa, onde foram simpaticamente construídas algumas cubatas com as condições mínimas de habitabilidade. Não posso deixar de fazer referência às torneiras da água quente (aquecida com um sistema de salamandras a lenha) que, por alguma razão que nos ultrapassa, tínham corrente eléctrica, facto que torna o simples gesto de desligar a água quente num verdadeiro desafio para homens de barba rija.


No lodge estava um casal alemão que tinha saído há alguns dias de Dar Es Shalaam e nos deu alguns conselhos que se vieram a revelar de grande utilidade: confirmámos que a escassez de gasolina e gasóleo em território do Malawi é uma realidade que dura há mais de seis meses, que a polícia da Tanzânia se dedica à "caça à multa" de forma quase imoral, etc.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

6º DIA - KATIMA MULILO-LUSAKA (16/11/11)

Caros amigos,

Concluida mais uma etapa do raid venho dar-vos a habitual descrição do dia.

Katima Mulilo é uma cidade fronteiriça entre Namibia e Malawi. Como hoje o percurso era longo e envolvia a entrada em território do Malawi, decidimos na noite anterior que o pequeno almoço fosse tomado às 6h30 da manhã para que pudessemos estar na estrada às 7h00. E assim foi.

Depois de escassos 5 minutos de trajecto, chegámos à fronteira onde começámos a tratar de toda a burocracia necessária. Aproveito desde já para dar nota pública de que fomos tratados de forma exemplar pelas autoridades alfandegárias de parte a parte, e tivemos toda a ajuda de que necessitávamos. No entanto, entre vistos, registos e impostos automóveis, estivemos cerca de três horas na fronteira.

Já em território do Malawi, o primeiro incidente a registar é mais um infeliz atropelamento. Um bezerro que se encontrava pastando do lado esquerdo da estrada decidiu atravessá-la em sprint quando o Marito ía a passar. O resultado foi um embate de cabeça directo contra a mala esquerda traseira da GSA do Marito. Recolhida a mala da estrada, e já nada havendo a fazer pelo animal, pussemo-nos rapidamente em marcha, não fosse o dono aparecer para reclarmar alguma indemnização.


Algumas dezenas de quilómetros mais tarde, o já habitual primeiro carro de apoio decidiu dar continuidade à chacina de aves em terras africanas e acabou por colher uma pequena ave que tentou um voo tangente ao carro. Ao contrário do dia anterior, esta teve morte
Imediata.

Por volta das 13h00 chegámos às Victoria Falls, na fronteira com o Zimbabwe, mas mantivemo-nos do lado do Malawi para não termos que cumprir novas formalidades de passagem de fronteira. A meia hora de visita previamente acordada acabou por nao ser cumprida à risca uma vez que começou a cair uma chuva intensa que obrigou todos os que quiseram ir ver as quedas a mudarem de roupa numa loja de souvenirs local. E assim, retomámos o nosso caminho pelas 13h50, rumo a Lusaka.

O resto do dia nada teve de especial a assinalar. Parámos em Choma, pela 16h10, para reabastecer motas e carros e seguimos o nosso caminho.

A chegada a Lusaka foi já feita de noite, às 20h20, facto que desagrada especialmente os motards uma vez que o trânsito urbano sem luz do dia aumenta exponencialmente os riscos de incidentes. E assim se cumpriram os 683 quilómetros deste sexto dia de viagem.