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terça-feira, 15 de novembro de 2011

5º DIA - RUNDU-KATIMA MULILO (15/11/11)

Caro amigos,

Nesta etapa, começo por relatar com especial agrado que a saída foi feita à hora programada (ou quase, uma vez que o desvio cabe dentro do normal periodo de tolerância, próprio de qualquer organização com mais de uma dezena de participantes). Assim, às 8h10 da manhã a caravana arrancou do hotel em Rundo com destino a Katima Mulilo.


Uma nota especial para a troca de condutor na mota do Jorge Portugal, que "cedeu o seu guiador" ao Coronel Tapioca para uma etapa que se previa relativamente tranquila, tanto e distância como em dificuldade da estrada.

Percorridos que estavam 70 quilómetros na etapa, o já suspeito primeiro carro de apoio, colheu involuntariamente uma águia, de um grupo de três que se encontravam pousadas no asfalto, que não conseguiu ganhar altitude a tempo de escapar do reboque que viajava no tejadilho do carro. Ambos os carros encostaram de imediato e, logo que o primeiro carro de apoio se imobilizou, a águia caiu do atrelado onde tinha ficado preso. O animal estava gravemente feriado e em sofrimento visível pelo que o seu destino seria um só: uma morte lenta e dolorosa. Postas estas circunstâncias, só havia uma coisa a fazer e, face à incapacidade dos dois elementos do primeiro carro de apoio, corri até à porta traseira do segundo carro de apoio, de onde retirei a catana que estava estrategicamente acessível. Depois de uma compasso de espera (porque era a primeira vez que fazia algo do género e previsei de "pedir desculpa ao bicho pelo que lhe ia fazer), passei à fase da rapida e misericordiosa execução. Terminado este triste episódio, regressámos aos carros em silêncio e seguimos o nosso caminho.

Esta etapa foi composta por rectas intermináveis e muito poucas curvas. Algumas deles não eram mais de que leves desvios de 5 ou 10 graus na direcção da estrada. Por simples curiosidade, os tripulantes do segundo carro de apoio, tentaram eleborar algumas estatísticas onde se destacam as menos de 50 curvas em todo o percurso e a recta mais longa com 33 quilómetros.

No que diz respeito a quedas há apenas a registar o facto de o Tapioca ter deixado cair a mota do Jorge Portugal na areia que pavimentava a bomba de gasolina onde parámos para reabastecimentos. Naturalmente a queda não teve qualquer consequência física nem material.

O último incidente do dia teve como protagonista o Marito que, quando circulava de viseira aberta em plena estrada, foi atingido no olho por um insecto, facto que o fez sair de estrada a cerca de 140km/h mas, tendo tido a presença de espirito necessária para controlar a mota na areia da berma de estrada, acabou por não haver qualquer consequência de maior.

Chegámos a Katima Mulilo às 15h05, com 503 quilómetros percorridos (quase sempre em linha recta).

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