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sábado, 19 de novembro de 2011

9º DIA - KARONGA-IRINGA (19/11/11)

Mais um dia de passagem de fronteira mas como as motas já levavam 4000 quilómetros de percurso, perdemos as primeiras horas da manhã a tratar de pequenos retoques e afinações.

Assim, acabámos por nos fazer à estrada pelas 10h50, rumo à fronteira com a Tanzânia.

Chegados à fronteira, demos início ao cumprimento das habituais burocracias e só 2 horas e 45 minutos depois estávamos prontos para seguir caminho. Na ultima parte das burocracias, o seguro de responsabilidade civil, aproveitámos para comer e beber no comércio tradicional da fronteira, já do lado da Tanzânia. Aqui, uma nota muito especial para as espetadas de vaca (jurava o vendedor), feitas em fogareiro portátil artesanal, onde os paus das espetadas eram raios de bicicleta!! A 300 Chelins por espetada (cerca de 0,18 USD), não era economicamente possível que aquela carne fosse de vaca mas nem por isso os Elevens deixaram de esgotar o stock de espetadas do vendedor.

Desta feita a estrada, tendo bom alcatrão, era bastante complicada uma vez que as duas primeiras centenas de quilómetros eram estrada de montanha com algum movimento e, por isso, foram cumpridos a uma média de velocidade relativamente reduzida, sobretudo por parte dos carros de apoio. Este contra foi amplamente compensado pelas maravilhosas paisagens de terra fértil ao longo de todo o caminho.

Uma nota especial para o facto de termos sido parados num "check point" onde, pela primeira vez, os agentes da autoridade pediram para verificar efectivamente alguns requisitos legais. Até à data, os check points por onde passámos não eram mais do que uma simples formalidade, ultrapassada com um sorridente acenar de adeus aos agentes da autoridade. A interacção máxima até ali limitava-se ao questionarem o nosso destino e projecto. Como seria de esperar, tudo estava em ordem com os carros de apoio e fomos autorizados a seguir viagem, com o aviso de que levaríamos ainda cerca de 3 horas até ao nosso destino, quando estávamos já na hora do por do sol.

Como fizemos ainda duas paragens para repouso e não demos logo com o caminho para o nosso local de alojamento, as três horas transformaram-se em um pouco mais e batemos o record de chegada tardia: 23h10, com 479 quilómetros percorridos. Exaustos e famintos foi com alguma revolta que nos deparámos com a escassez da refeição que nos aguardava e as condições de alojamento. Pessoalmente, quando entrei no meu quarto, dei meia volta e dirigi-me ao meu carro de apoio, onde montei a minha "cama" e decidi pernoitar.

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